A Civilização traz o gravame
Da origem remotíssima dos Árias,
Estirpe das escórias planetárias,
Segregada num mundo amargo e infame.
Árvore genealógica de párias,
Faz-se mister que o cárcere a conclame,
Para a reparação e para o exame
Dos seus crimes nas quedas milenárias.
Foi essa raça podre de miséria
Que fez nascer na carne deletéria
A esperança nos Céus inesquecidos;
Glorificando o Instinto e a Inteligência,
Fez da Terra o brilhante gral da Ciência,
Mas um mundo de deuses decaídos.